tag:blogger.com,1999:blog-48263795370024012922024-03-05T16:03:08.442-08:00Observações ImpertinentesUnknownnoreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-32637844547357902662013-12-16T02:39:00.001-08:002014-10-05T12:55:04.196-07:00O Canto do Dodô - David Quammen<b>Título:</b> O canto do dodô: biogeografia de ilha numa era de extinções<br />
<b>Autor:</b> David Quammen<br />
<b>Editora:</b> Cia. das Letras<br />
<b>Páginas:</b>789<br />
<b>Preço:</b> R$ 89,50<br />
<b>Original:</b> The song of the dodo - Island biogeography in an age of extinction<br />
<b>Tradução:</b> Carlos Affonso Malferrari<br />
<b>ISBN:</b> 978-85-359-1263-0<br />
<b>ISBN (original):</b> 978-0684827124<br />
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<i>Spoiler alert</i>: não contém pandas*.<br />
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O original já tem 18 anos (é de 1996), e tenho o exemplar da versão brasileira há um par de anos, mas só agora cuidei de ler o calhamaço de quase 800 páginas. E... vale a pena.<br />
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Sim, às vezes há um excesso de enumerações - de obras e artigos, de organismos em risco de extinção ou extintos, de ilhas e localidades, de nomes de pesquisadores, de reservas naturais, de fatores bióticos e abióticos... (se você acha <i>esta</i> lista maçante, bem, as de Quammen são umas três vezes mais longas).<br />
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Mas pode ser interpretado caridosamente como o cuidado com que o autor trata a questão, detalhando o máximo possível para cobrir toda a gama e deixar pouca margem à dúvida de que ele fez um grande esforço na produção do texto e na coleta das informações. Não apenas fez turismo ao redor do globo sob a desculpa de produzir um livro.<br />
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Quammen ao longo das páginas resgata toda a história da Biologia de Conservação e, como o subtítulo entrega, sua base teórica principal: a Biogeografia de Ilhas de Robert McArthur e E.O. Wilson - que está quase para a ecologia como a Teoria da Evolução de Darwin está para o restante da Biologia: um quadro que dá sentido a todos os fatos isolados a respeito de como funciona a dinâmica de extinções e chegadas de espécies a um dado local (não apenas ilhas como uma porção de terra cerca de água por todos os lados, mas como um pedaço de um dado hábitat cercado de qualquer coisa desfavorável à permanência dos organismos desse hábitat).<br />
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Não está em ordem cronológica dos eventos históricos. Não está claro se está em ordem cronológica das andanças de Quammen pelo mundo entrevistando especialistas e testemunhando in loco as desventuras de organismos e hábitats pressionados pela expansão da intervenção humana: cidades, terras agricultadas, exploração de madeira, caça, pesca, introdução de espécies exóticas... Porém o quadro geral vai se desvelando aos poucos: de dramas locais de perdas de florestas e porções de biomas ao problema geral da extinção acelerada de espécies ao redor do planeta. E como a ciência pode, ou não, ajudar a estancar a degeneração ecológica.<br />
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As quase duas décadas, inevitavelmente, introduzem algum grau de desatualização - sobretudo em um texto que cobre uma área científica. Conservadorismo de nicho, mudanças climáticas, clonagem (e desextinção), são alguns dos tópicos que se desenvolveram desde a publicação do livro. Mas o esquema geral se mantém, de modo que a mensagem principal da obra: como a fragmentação dos ambientes ameaça a diversidade biológica - não é prejudicada.<br />
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O trabalho marcante de Wallace - com sua longa jornada na Amazônia brasileira e nas florestas da Malásia - tem destaque no início da obra. Com direito a uma espicaçada - eu diria injusta - a Darwin, por conta da ação para a apresentação conjunta das ideias dos dois naturalistas na famosa reunião de 1/jul/1858 da Linnean Society of London a respeito da evolução orgânica.<br />
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Há mapas, claro, que nos permitem acompanhar a maior parte dos trajetos feitos e ver onde se localizam as regiões descritas. O problema é que ficam algumas páginas um tanto distantes de onde começam os trechos correspondentes no texto e não há uma remissão ali para localizar as figuras. Alguns mapas estão repetidos porque as regiões são retomadas em pontos adiantes do livro, mas isso poderia ser resolvido com as remissões. Não há figuras coloridas que ilustrem as paisagens e organismos descritos - ajudariam na visualização pelos leitores, mas painéis a cores poderiam tornar a edição ainda mais cara.<br />
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O pecado maior é que o autor detalha os diálogos com os eminentes cientistas com generosas aspas de vários parágrafos, mas quando descreve suas conversas altamente informativas com nativos de diversas ilhas e ilhotas elas sejam representadas por frases curtas. Cada uma com uma ideia. Às vezes como uma redação das séries inciais. Meio entrecortadas. É justificável do ponto de vista estilístico. E deve reproduzir o ritmo da conversa. Especialmente por ser intermediada. Já que são falantes de línguas que o autor não domina. Mas a menos que se seja fã do Cosme Rímoli, é algo que passa uma ideia de pouca articulação, ainda mais contrastando com as aspas dos pesquisadores. Acho que um esforço maior de reconstituir a conversa de modo mais fluido e menos recortado tivesse um efeito melhor geral.<br />
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Fora isso, o ritmo da narrativa de Quammen é muito gostoso de acompanhar. Não faltam (nem sobram) observações perspicazes com aquela ponta irônica. E.g.: "<i>O trabalho de campo de Gleason era elegante e suas estatísticas interessantes - ao menos para um ecólogo botânico.</i>" Embora nem sempre acerte no tom, como neste trecho: "<i>Strier coleta as fezes com uma tenaz e me mostra a coisa, como se fosse um pedaço duvidoso de sushi entre palitinhos, antes de colocá-lo dentro do frasco.</i>"<br />
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É um catatau (bem, na versão eletrônica não pesará tanto fisicamente), o que resulta em um preço um tanto alto. Porém, repito, vale a pena.<br />
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*O panda gigante é citado apenas três vezes ao longo do livro. E, em todas, unicamente como uma descrição da coloração do indri. Não deixa de ser uma proeza à parte.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-17150679833630506752012-05-16T08:08:00.000-07:002012-05-16T08:08:27.285-07:00Contra o Princípio Copernicano - Manuel Bulcão<b>Título:</b> Contra o princípio copernicano<br />
<b>Autor:</b> Manuel Soares Bulcão Neto<br />
<b>Editora:</b> Emooby<br />
<b>Páginas:</b>136 (345 KB)<br />
<b>Preço:</b> €4,10 (<a href="http://www.emoobystore.com/index.php?page=shop.product_details&category_id=93&flypage=flypage.tpl&product_id=6972&option=com_virtuemart&Itemid=5&lang=pt">download no sítio web da editora</a>), US$ 4,60 (na <a href="http://www.amazon.com/princ%C3%ADpio-copernicano-Portuguese-Edition-ebook/dp/B007WYW6PE">Amazon</a>)<br />
<b>ISBN:</b> 9789897141379
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O ensaísta Manuel Bulcão, de quem <a href="http://obsimp.blogspot.com.br/2009/10/sorteio-as-esquisitices-do-obvio-manuel.html">falei aqui</a> em outra oportunidade, lança mais um livro.<br />
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"<i>O princípio copernicano revelou-se eficaz como antídoto de ideologias peçonhentas. Até o momento em que, incrustada nas ciências, a criptoreligião cientificista (versão moderna do que Nietzsche definiu como a hybris da razão: “incontrolado impulso cognoscitivo” que “barbariza do mesmo modo que o ódio pelo saber”) veio a agir como solvente do seu princípio ativo. E não foi a inocuidade o resultado dessa ação — de tanto servir de álibi de jogatinas políticas (no tempo em que a Verdade científica justificava qualquer aposta e em que os homens – matérias-primas de milenarismos laicos – então considerados nada além do que bichos…), depois de certo tempo o que mais surtia era efeito colateral. E também, cada vez com maior frequência, efeitos nocebos: contrários aos dos placebos. Antes panaceia; agora veneno. Ou, no mínimo, remédio com data de validade vencida. Que seja enterrado — porém, como disse Gramsci em relação ao determinismo da ortodoxia marxista, sepultado com todas as pompas que merece. Quanto aos fatos em que se baseia, carecem de nova interpretação.</i>" [Do <a href="http://www.emoobystore.com/index.php?page=shop.product_details&category_id=93&flypage=flypage.tpl&product_id=6972&option=com_virtuemart&Itemid=5&lang=pt">sítio web da editora</a>.]<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-23713229434277053232011-12-01T05:26:00.000-08:002011-12-01T07:14:13.916-08:00O Livro dos Milagres - Carlos Orsi<a href="http://www.vieiralent.com.br/milagres/capa_aberta_milagres.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"></a><b>Título:</b> O Livro dos Milagres: A ciência por trás das curas pela fé,das relíquias sagradas e dos exorcismos<div><b>Autor:</b> Carlos Orsi</div><div><b>Editora:</b> Vieira e Lent</div><div><b>Páginas:</b> 144</div><div><b>Preço:</b> R$ 30,00 (<a href="http://www.vieiralent.com.br/milagres/milagres.html">frete grátis na editora</a>)</div><div><b>ISBN:</b> 978-85-88782-89-1</div><div><b><br /></b></div><div>O jornalista e escritor <a href="http://carlosorsi.blogspot.com/">Carlos Orsi</a> está lançando seu O Livro dos Milagres, uma obra de não-ficção sobre estudos científicos acerca de alegações de eventos miraculosos.</div><div><br /></div><div>"<i>Concebi o livro numa noite de insônia, mais ou menos uma semana depois de perder o emprego. O clichê de estar subitamente desempregado na virada dos 39 para os 40 anos deu uma certa gravidade ao momento, mas não só: já fazia algum tempo que eu vinha reclamando (comigo mesmo e, crucialmente, com minha infinitamente paciente esposa) que eu me sentia velho (ou sábio, ou rabugento) demais para continuar a escrever sobre os outros achavam importante -- que é, basicamente, o que o jornalista assalariado faz: alguém, o pauteiro, o editor, o dono, decide que 'X' é relevante, interessante, vai vender jornal, etc., e o jornalista se desincumbe da tarefa de produzir conteúdo sobre 'X'.</i>" [do <a href="http://carlosorsi.blogspot.com/2011/11/semana-cheia-utopia-e-lancamento.html">blogue</a> do autor]</div><div><br /></div><div><a href="http://www.vieiralent.com.br/milagres/capa_aberta_milagres.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="http://www.vieiralent.com.br/milagres/capa_aberta_milagres.jpg" border="0" alt="" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 337px; height: 248px; " /></a><br /><div style="text-align: left;"><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-57558474345781242602011-09-02T17:36:00.000-07:002011-09-02T18:24:57.989-07:00Projeto Bonde LiterárioO Observações Impertinentes está selecionando trabalhos inéditos para publicação. O estilo é livre, a forma é um conto de cerca de 20 páginas de tema livre de ficção (não necessariamente ficção científica).<div>
<br /></div><div>Os trabalhos escolhidos (cerca de 10) serão reunidos em livro editado na forma de <a href="http://www.publit.com.br/">autopublicação</a>. Não haverá custos aos autores. Estes irão reter os direitos autorais de suas próprias obras - deverão apenas, claro, licenciá-las (de modo não exclusivo) para o projeto: a remuneração será na divisão de 20% do preço de capa dos exemplares vendidos - os autores dividirão 18% e os 2% restantes serão usados para cobrir as despesas de publicação.</div><div>
<br /></div><div>Autores menores de idade deverão ter autorização dos responsáveis.</div><div>
<br /></div><div>Qualquer dúvida, basta usar os comentários desta postagem. Se quiser se candidatar para ter seu texto publicado, só preencher o <a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=en_US&formkey=dFZucWMxSVBjRXpYM21EbG16S0NLalE6MQ#gid=0">formulário</a> (tipo de contato: "Participação").</div><div>
<br /></div><div>Prazo para manifestação de interesse: 16/set/2011.</div><div>Prazo para submissão inicial do manuscrito: 16/nov/2011.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-67021911106006735622011-06-17T18:30:00.000-07:002011-06-17T22:20:36.477-07:00Muito Além do Nosso Eu - Miguel Nicolelis<b>Título:</b> Muito Além do Nosso Eu: A nova neurociência que une cérebro e máquinas - e como ela pode mudar nossas vidas.<div><b>Autor:</b> Miguel Nicolelis</div><div><b>Editora:</b> Cia. das Letras</div><div><b>Páginas:</b> 552</div><div><b>Preço:</b> R$ 39,50 (R$ 29,90 na Submarino; 28,12 na Siciliano com cupom de desconto do Buscapé)</div><div><b>Original:</b> Beyond Bondaries</div><div><b>Tradução:</b> Miguel Nicolelis</div><div><b>ISBN:</b> 978-85-359-1873-1</div><div><b>ISBN (original):</b> 978-08-050-9052-9</div><div><br /></div><div>Lançamento do livro "<a href="http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12715">Muito Além do Nosso Eu</a>" de <a href="http://twitter.com/#!/MiguelNicolelis">Miguel Nicolelis</a>.</div><div><br /></div><div>Dia 22 de junho, às 20h30, Sala São Paulo, na Conferência do Seminário Internacional "Fronteiras do Pensamento" (Praça Júlio Prestes, s.n., São Paulo, SP).</div><div><br /></div><div><a href="http://static.ow.ly/photos/original/d68J.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="http://static.ow.ly/photos/original/d68J.jpg" border="0" alt="" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-23997790131580345322010-09-30T07:41:00.000-07:002010-09-30T07:55:15.592-07:00O guia completo dos dinossauros do Brasil - Luiz E. Anelli<span style="font-weight: bold;">Título:</span> O guia completo dos dinossauros do Brasil<br /><span style="font-weight: bold;">Autor:</span> Luiz E. Anelli<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> Ed. Peirópolis<br /><span style="font-weight: bold;">Páginas:</span> 224<br /><span style="font-weight: bold;">Preço:</span> R$ 64,00<br /><span style="font-weight: bold;"></span><span style="font-weight: bold;">ISBN: </span>978-85-7596-177-3<br /><br />Lançamento do livro "<a href="http://www.editorapeiropolis.com.br/detalhe.php?cod=234">O guia completo dos dinossauros do Brasil</a>".<br /><br />Dia 6 de outubro, a partir das 18h, na livraria João Alexandre Barbosa (Rua da Reitoria, 374, térreo, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo).<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhhMCnxkShBIUoypOtYh7lLrFrRFwNcNkmjjNhrWUZRZFl1FL90q2vZ6bZdYfhxLUIyvGRjDduydZBik0BLTQIUxtqjy2IDfrHTu2JT0vi0A7sZmUrtNGXRI2FHHAqc4mLLH7FXGanhjox/s1600/ATT00001.jpe"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 379px; height: 311px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhhMCnxkShBIUoypOtYh7lLrFrRFwNcNkmjjNhrWUZRZFl1FL90q2vZ6bZdYfhxLUIyvGRjDduydZBik0BLTQIUxtqjy2IDfrHTu2JT0vi0A7sZmUrtNGXRI2FHHAqc4mLLH7FXGanhjox/s400/ATT00001.jpe" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522718737159512882" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-23884786366075294082010-03-05T22:17:00.000-08:002010-03-27T12:28:25.736-07:00Além de Darwin (Reinaldo José Lopes) - 2<a href="http://twitter.com/reinaldojlopes">Reinaldo José Lopes</a> é <a href="http://genereporter.blogspot.com/2009/12/entrevista-com-um-jornalista-de.html">jornalista de ciências</a> formado pela USP, onde completa seu doutorado em línguas. Especialista em <a href="http://www.valinor.com.br/">Tolkien</a>, e autor do blogue <a href="http://scienceblogs.com.br/carbono14/">Carbono 14</a> sobre arqueologia, trabalha atualmente no jornal <a href="http://laboratorio.folha.blog.uol.com.br/">Folha de São Paulo</a>.<br /><br />Ao fim do ano passado, lançou o livro "<a href="http://obsimp.blogspot.com/2009/10/alem-de-darwin-reinaldo-jose-lopes.html">Além de Darwin</a>", uma compilação e atualização dos textos que publicou no blogue/coluna <a href="http://colunas.g1.com.br/visoesdavida/">Visões da Vida</a> no portal G1.<br /><br />Tenho aqui uma regra informal de não resenhar livros de amigos e resenhar "Além de Darwin" seria particularmente cabotino, já que, como eu atazanei tanto o autor em seus textos no Visões da Vida, ele, certamente sob influência etílica, acabou por colocar meu nome na seção de agradecimentos (ele teria querido dizer algo como: "<span style="color: rgb(255, 0, 0);">agradeço a Eru por ter me dado paciência para resistir aos ataques infames do enviado de Mordor,</span> Roberto Takata" e, por um erro na diagramação, a parte em vermelho acabou deletada na versão final que foi para o prelo). Além disso, há já várias excelentes resenhas:<br /><ul><li><a href="http://www.amalgama.blog.br/11/2009/com-darwin-sempre/">Com Darwin, sempre</a></li><li><a href="http://scienceblogs.com.br/brontossauros/2010/01/resenha_alem_de_darwin.php">Resenha: "Além de Darwin"</a><br /></li><li><a href="http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2010/02/resenha_alem_de_darwin_-_reina.php">Resenha: Além de Darwin - Reinaldo José Lopes</a><br /></li><li><a href="http://scienceblogs.com.br/carbono14/2010/03/simpatica_resenha_de_alem_de_d.php">Simpática resenha de "Além de Darwin"</a><br /></li><li><a href="http://meiodecultura.wordpress.com/2010/02/02/alem-de-darwin/">“Além de Dawin” – minhas impressões</a><br /></li><li><a href="http://www.ensinosuperior.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=1322">Jornalista da Folha de S.Paulo apresenta, em livro, teorias da evolução “além de Darwin”</a></li></ul>O que eu teria a acrescentar? A rigor, nada. Mas <a href="http://twitpic.com/ytslo">Big Mike</a> (a.k.a. Aragorn) pediu e não se recusa o pedido de Big Mike (corintiano da raça, apesar das ilusões do pai em contrário).<br /><br />Então ei-la.<br /><br />A maioria dos resenhistas destacam o humor - entre o leve e o picante. É verdade, o texto é muito bem humorado. Mas não se deixe enganar com a pena da galhofa: o autor apresenta aspectos altamente técnicos e intrincados da biologia evolutiva revelados por pesquisa recente de ponta. Não se trata de um conhecimento superficial de "prezrelises" de instituições científicas e agências internacionais de notícia, Lopes vai cavocar os dados na própria literatura técnica (e como jornalista ainda tem o privilégio de entrevistar os cientistas).<br /><br />A mistura disso com citações do erudito - mitologia grega (Guerra de Troia) e nórdica (Odin e seus corvos) - <s>com o</s> <span style="color: rgb(102, 255, 255);">e do</span> popular - personagens de quadrinhos (Garfield) e bloquebústeres (Alien) não é uma cortina de fumaça ou uma salada doida para tornar tudo palatável - sim, *é* palatável (e mais do que isso, uma iguaria bem feita). Cada coisa está em seu lugar - são elementos que são fundamentais na apresentação e explicação de fenômenos biológicos complexos ao público leigo de modo que estes possam acompanhar. Mas sem insultá-los com abusos excessivos de comparações fáceis. Carlos Hotta em sua resenha para o Brontossauro no meu Jardim comparou o estilo com o de Zimmer, eu diria que isso é mais algo reminiscente a Gould, porém despojada da über erudição (aquela que entra no terreno do pedantismo: "Sim, eu sei sobre isso. Não que importe para o contexto, mas veja como sou profundo.", coisa que o próprio Gould reconhecia como uma característica sua).<br /><br />Para não dizer que só elogio, duas observações pontuais (naturalmente, impertinentes).<br /><br />1) Se Lopes evita o extremo oposto do hermetismo e pedantismo, vez por outra namora com supersimplificações (frases de efeitos que certamente ajudam a fixar na memória do leitor o espírito de uma ideia, mas que podem induzir a um entendimento errôneo) e, por vezes, não parece enfatizar suficientemente o caráter polêmico (pouco aceito ainda pelo <span style="font-style: italic;">mainstream</span> acadêmico) de certas hipóteses que apresenta (isso fica complicado pois a prosa de Lopes é muito convincente e sedutora). Por opção consciente, Lopes usa linguagem finalista. Ele adverte o leitor de que é apenas um atalho. Mas não gosto de expressões como "[c]<span style="font-style: italic;">omo as patas surgiram </span>para <span style="font-style: italic;">nadar</span>".<br /><br />2) Outro ponto é muito parecido (pra não dizer igual), ao levantado por Luiz Bento no Discutindo Ecologia. No capítulo final, Lopes procura expor sua visão da conciliação entre os dois magistérios gouldianos, mas com prevalência da mitologia cristã (mitologia aqui, em parte, no mesmo sentido da citação que faz em seu texto: "<span style="font-style: italic;">nome que a gente gosta de dar para a religião dos outros</span>"): "<span style="font-style: italic;">diante da Árvore colossal, maior do que a soma das partes, a razão é o que menos importa</span>". Isso acabaria desfazendo grande parte do que Lopes desenvolve no restante do livro, incluindo sua crítica aos defensores do criacionismo (particularmente na forma do "design inteligente") ou mesmo a crítica aos "racionalistas" radicais (especialmente os ateístas militantes). Há aspectos em que a razão não deve ser o fator preponderante, mas não o que importe <span style="font-style: italic;">menos</span>. Especialmente em se tratando da apreciação sobre o Universo - se não por outra coisa porque a grandeza da Árvore só foi revelada justamente pelo uso da razão (o Universo não é apenas maior do que a Terra, do que o Sistema Solar ou mesmo do que a Via Láctea - ele é, por todos os dados que temos, muito maior do que nem sequer podemos imaginar; é graças aos espectroscópios com medidas precisas de desvio para o vermelho das galáxias, mensurações da radiação cósmica de fundo e cálculos complexos que podemos estimar o tamanho colossal do Universo visível) ou, na famosa e manjada frase de Darwin, "<span style="font-style: italic;">há grandeza nessa visão</span>".<br /><br />Outras observações impertinentes menores <a href="http://docs.google.com/View?id=dgtxwt5h_14gsq4z8dr">aqui</a>.<br /><br />Com o aviso de praxe da suspeição a respeito deste avaliador: tudo somado, o livro vale mais do que a pena, mesmo para o leitor com formação técnica (afinal é impossível um especialista saber de tudo mesmo em sua própria área e Lopes consegue desenvolver explicações que pode ajudá-lo a se comunicar seja com seus alunos, seja com o público em geral, além de observações originais que nos fazem pensar mais a respeito de fenômenos velhos conhecidos dos especialistas). E reforço a recomendação: o livro é curto e muito gostoso de ler, mas *não* o trate como livro de mesa de café (volte e releia, *especialmente* se achar que tiver <span style="font-style: italic;">entendido</span>).<br /><br />Ele pode ser obtido com desconto, autografado e com dedicatória enviando o pedido para: reinaldojoselopes(arroba)hotmail(ponto)com. Um exemplar será sorteado no <a href="http://genereporter.blogspot.com/2010/02/research-blogging-awards-2010.html">Gene Repórter</a>.<br /><br />--------------------<br /><span style="font-weight: bold;">Outras leituras:</span><br /><ul><li>Dawkins, Richard. 2009. The greatest show on Earth. Bantam Press. 470 pp.</li><li>Mayr, Ernst. 2004. Biologia, ciência única. Cia. das Letras. 266 pp.</li><li>Zimmer, Carl. 2003. O livro de ouro da evolução. 3a. ed. Ediouro. 568 pp.</li></ul><span style="font-weight: bold;">Upideite(27/mar/2010):</span> Vídeo da entrevista de Lopes ao Programa do Jô em 25/mar/2010<br /><br /><object width="400" height="327"><param value="http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf" name="movie" /><param value="high" name="quality" /><param value="midiaId=1236934&autoStart=false&width=400&height=327" name="FlashVars" /><embed width="400" height="327" flashvars="midiaId=1236934&autoStart=false&width=400&height=327" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" src="http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-71337462676760598002010-03-02T05:54:00.000-08:002010-03-02T06:15:05.678-08:00José Mindlin (1914-2010): "Je ne fay rien sans gayeté"A frase é de Montaigne, um dos autores preferidos de José Mindlin, que a colocou em seu ex-líbris.<br /><br /><object width="400" height="323"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/iNdcqKG8CX0&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/iNdcqKG8CX0&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="323"></embed></object><a href="www.itaucultural.org.br"><br /></a><div style="text-align: center;"><a href="www.itaucultural.org.br">Itaú Cultural<br /></a></div><br /><object id="flashvideo" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab" width="400" height="356"> <param name="movie" value="http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/Player.swf"> <param name="FlashVars" value="file=http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/jose mindlin vp6_138.flv&image=http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/jose mindlin vp6_138.jpg&rotatetime=3&autostart=false"> <param name="quality" value="high"> <param name="wmode" value="window"> <param name="allowfullscreen" value="true"> <embed name="flashvideo" allowscriptaccess="always" src="http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/Player.swf" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" wmode="window" allowfullscreen="true" quality="high" flashvars="file=http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/jose mindlin vp6_138.flv&image=http://www.brasiliana.usp.br/sites/default/files/jose mindlin vp6_138.jpg&rotatetime=3&autostart=false" width="400" border="0" height="356"></embed> </object><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.brasiliana.usp.br/">Brasiliana USP</a><br /></div><br />Página sobre Mindlin na <a href="http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=546">ABL</a>.<br />Video e transcrição da entrevista ao programa <a href="http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/415/entrevistados/jose_mindlin_2006.htm">Roda Vida</a>.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-82768545737155273732009-10-30T20:58:00.000-07:002009-10-30T21:17:55.882-07:00Resultado do sorteio do livro "As esquisitices do óbvio"Foram doze comentários, dois quais 10 foram classificados para o <a href="http://obsimp.blogspot.com/2009/10/sorteio-as-esquisitices-do-obvio-manuel.html">sorteio</a> - 1 já tem um exemplar e outro, infelizmente, não acertou o autor da frase.<br /><br />Uma entrevista foi publicada em 15 de abril de 1988 pelo The Washington Post em matéria intitulada "<span style="font-style: italic;">The Mind in Pursuit of the Universe; Physicist Stephen Hawking & The Never-Answered Question</span>". O físico inglês Stephen Hawking havia acabado de publicar seu best-seller "<span style="font-style: italic;">Uma breve história do tempo</span>", em que procurava apresentar ao público leigo idéias a respeito da cosmologia, relatividade, espaço-tempo e algo de física quântica. Milhões de exemplares foram vendidos, o que é pouco usual em se tratando de uma obra de divulgação científica, mas revelava o potencial do gênero - igual sucesso, infelizmente, não foi replicado ainda por nenhuma obra posterior versando sobre temas científicos (ainda que alguns autores, como Richard Dawkins, tenham procura expressiva: pouco menos de 2 milhões de cópias de "<span style="font-style: italic;">The ancestor's tale</span>" contra as mais de 9 milhões de "<span style="font-style: italic;">A brief history of time</span>").<br /><br />Nessa entrevista, o cosmólogo proferiu a frase: "<span style="font-style: italic;">My goal is simple. It is a complete understanding of the universe, why it is as it is and why it exists at all</span>" que Bulcão reproduziu (em versão traduzida) como epígrafe em um dos capítulos do livro "<span style="font-style: italic;">As esquisitices do óbvio</span>".<br /><br />Oquei, agora vamos ao vencedor. Ele é Eurico. O vencedor já foi comunicado por email.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-29810280120239732072009-10-25T19:55:00.000-07:002010-03-06T00:52:24.311-08:00A eloquência do ódio - Manuel Bulcão<span style="font-weight: bold;">Título: </span><a href="http://www.livropronto.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=181">A eloquência do ódio: reflexões sobre o racismo e outras alofobias</a>.<br /><span style="font-weight: bold;">Autor: </span>Manuel Soares Bulcão Neto<br /><span style="font-weight: bold;">Ano: </span>2009<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> <a href="http://www.livropronto.com.br/">LivroPronto</a><br /><span style="font-weight: bold;">Páginas: </span>274<br /><span style="font-weight: bold;">Preço: </span>R$ 29,90<br /><span style="font-weight: bold;"></span><span style="font-weight: bold;">Revisão:</span> Ivanice Montezeuma<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN: </span>978-85-7869-098-4<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Orelha do livro:</span><br /><span style="font-style: italic;">"Há uma charge antiga do Millôr Fernandes em que um homem comum observa atentamente uma obra de arte de vanguarda, totalmente abstrata. Surpreso e confuso, pergunta ao autor, que se encontra ao lado: 'O que isso significa?'. O artista, sobranceiro, responde ao curioso com uma pergunta retórica: 'E o que você significa?'.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Pois bem, quanto mais me informo sobre o Holocausto ou sobre os crimes de Stalin, mais me sinto como esse observador simplório da arte vanguardista. Na verdade, sinto-me pior: a terrível sensação de irrealidade, o sentimento de não-sentido, a atmosfera rarefeita de pesadelo que envolve esses acontecimentos me faz respirar com dificuldade e até nausear. Quanto à pergunta que não quer calar - 'qual a </span>razão<span style="font-style: italic;"> de tudo isso?' -, as muitas vozes dissonantes que tentam responder terminam se fundindo num único ruído. Percebo, nesse rumor, um tom de gargalhada. Será o riso sobranceiro do Demônio?</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">(...)</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Este ensaio é sobre o ódio ao diferente, ao Outro, cujo reverso é a paixão narcísica pelo mesmo e pela indiferenciação monolítica. Esses sentimentos são corriqueiros, porém, no contexto dos dois principais sistemas totalitários do século XX (o nazifascismo e o coletivismo stalinista), exacerbaram-se tanto que produziram delírios e alucinações. Por considerar o Holocausto a manifestação mais irracional desse ódio, escolho, como fio condutor do trabalho, o racismo, que está na sua origem.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Visto que o racismo é um narcisismo coletivo, representado, por isso, uma contratendência do processo histórico de individualização do homem, começo com uma análise da relação entre indivíduo e sociedade (grupo social). Depois, comento sobre as manifestações desse fenômeno social nas várias fases da História (inclusive nos pré-históricos paleolítico superior e neolítico) - aviso que não pouco digressões em que trato de outras 'alofobias' - e de como foi justificado pelas ideologias de cada uma dessas épocas, inclusive pelo cristianismo e pela ciência (esta última não é só conhecimento objetivo: na sociedade contemporânea, como bem demonstrou Jürgen Habermas, também desempenha função ideológica, de legitimação social, principalmente quando degenerada sob a forma de cientificismo).</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Nos dois últimos capítulos, falo sobre a apoteose desse grande ódio que se deu na primeira metade do século passado; do horror que até hoje ela nos inspira; da irracionalidade da política nos regimes de ditadura pessoal (principalmente da 'política como biologia aplicada', lema que Haeckel foi o primeiro a defender), da loucura do Poder - </span>'e do riso do Demônio'.<br /><br />Manuel Soares Bulcão Neto <span style="font-style: italic;">nasceu em 1963 na cidade de Fortaleza. Em 1988 bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Ensaísta e escritor, publica artigos no </span>site <span style="font-style: italic;">Observatório da Imprensa. Tem se dedicado a estudos críticos sobre questões filosóficas fundamentais do mundo contemporâneo, sobretudo no que tange às implicações sociopolíticas dos avanços atuais da ciência. Além deste </span>A Eloquência do Ódio<span style="font-style: italic;">, é autor de outros dois livros: </span>As Esquisitices do Óbvio<span style="font-style: italic;"> (2005) e </span>Sombras do Iluminismo<span style="font-style: italic;"> (2006).</span>"<br /><br />-----------<br />Para participar do sorteio do exemplar de "As esquisitices do óbvio", clique <a href="http://obsimp.blogspot.com/2009/10/sorteio-as-esquisitices-do-obvio-manuel.html">aqui</a> e saiba mais.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-1599045400496717902009-10-20T09:22:00.000-07:002009-10-27T19:45:18.596-07:00Além de Darwin - Reinaldo José Lopes<span style="font-weight: bold;">Título:</span> Além de Darwin<br /><span style="font-weight: bold;">Autor:</span> Reinaldo José Lopes<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> Globo<br /><span style="font-weight: bold;">Páginas:</span> 250<br /><span style="font-weight: bold;">Preço:</span> R$ 32,00<br /><span style="font-weight: bold;">Revisão: </span>Beatriz de Freitas Moreira e Carmen T. S. Costa<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN: </span>978-85-250-4768-7<br /><br />Lançamento do livro "Além de Darwin" (veja a capa e a última capa <a href="http://twitpic.com/iqrpj">aqui</a>).<br /><br />Dia 27 de outubro, a partir das 19h, na Livraria Capítulo 4 (Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi, tel. 2737 2037/2737 2038).<br /><br /><iframe marginheight="0" marginwidth="0" src="http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-BR&geocode=&q=tabapu%C3%A3,+830,+itaim+bibi,+s%C3%A3o+paulo&sll=37.0625,-95.677068&sspn=33.626896,56.513672&ie=UTF8&hq=&hnear=R.+Tabapu%C3%A3+-+Itaim+Bibi,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+Brasil&z=15&ll=-23.584038,-46.679044&output=embed" scrolling="no" width="425" frameborder="0" height="350"></iframe><br /><small><a href="http://maps.google.com/maps?f=q&source=embed&hl=pt-BR&geocode=&q=tabapu%C3%A3,+830,+itaim+bibi,+s%C3%A3o+paulo&sll=37.0625,-95.677068&sspn=33.626896,56.513672&ie=UTF8&hq=&hnear=R.+Tabapu%C3%A3+-+Itaim+Bibi,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+Brasil&z=15&ll=-23.584038,-46.679044" style="color: rgb(0, 0, 255); text-align: left;">Exibir mapa ampliado</a></small><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Orelha do livro:</span><br />"<span style="font-style: italic;">O embate entre biólogos evolutivos e criacionistas deixa a falsa impressão de que não há evidências que suportem uma das alternativas. No entanto, as provas em favor da teoria da evolução por seleção natural concebida por Darwin são abundantes, variadas, gloriosas. Além de Darwin é uma narrativa lúcida e envolvente de histórias que traduzem em exemplos concretos os preceitos da teoria evolucionista. Transpondo as amarras discursivas da academia, o jornalista Reinaldo José Lopes lança mão de um conhecimento abrangente da teoria de Darwin – e nos mostra por que precisamos conhecer esses preceitos e suas nuances, se quisermos entender as forças que governam a natureza. Além de Darwin sintetiza demonstrações coletadas em estudos de genética, anatomia, paleontologia, psicologia e neurociências em ensaios que abordam vários aspectos da teoria evolutiva. Ao mesmo tempo, o autor revela como esta tem sido interpretada, mal entendida e mal utilizada desde que Darwin lançou suas idéias em 1859.<br /><br />Esta obra reflete a vasta curiosidade de Reinaldo Lopes, sua paixão pela vida, seu talento para transformar tópicos obscuros em histórias irresistíveis sobre a continuidade das espécies por mais de três bilhões de anos. Seja você um leigo em ciência ou um biólogo, defensor ardoroso ou inimigo ferrenho da teoria evolutiva, Além de Darwin é promessa certa de uma experiência enriquecedora.<br /><br />Marcelo A. Nóbrega<br />Professor do Departamento de Genética Humana da Universidade de Chicago<br /><br />Reinaldo José Lopes nasceu em São Carlos (SP) no dia 29 de setembro de 1978. Graduado em jornalismo pela USP, pela qual é mestre e doutorando em estudos linguísticos e literários, é repórter de ciência da Folha de S. Paulo. Ex-repórter e colunista de ciência do portal G1, trabalhou ou colaborou em publicações como Scientific America Brasil, Nature, Pesquisa Fapesp, Superinteressante e Galileu. É ganhador do Prêmio Abril de Jornalismo na categoria Ciência e do Prêmio de Reportagem sobre Biodiversidade da Mata Atlântica.</span>"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-67567344313243597442009-10-10T22:35:00.000-07:002009-10-30T21:15:35.237-07:00Sorteio - As esquisitices do óbvio (Manuel Soares Bulcão Neto)<a href="http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=675264">Manuel Soares Bulcão Neto</a> é uma pessoa de profunda erudição - nunca o encontrei pessoalmente, mas tenho o privilégio de poder trocar com ele ideias pela internet (claro, um escambo em que ele sai extremamente prejudicado) - é a pessoa de mais vasto e sólido conhecimento humanista dentre as que conheço.<br /><br />Capaz de citar, assim, de boa, Martin Heidegger, Alan Gluth, Fiodor Dostoiévsky e Patativa do Assaré em um mesmo parágrafo: se não em uma única frase.<br /><br />O único pecadilho é ter se esquecido de atribuir a mim a <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16442">origem</a> de seu "hai kai do bioquímico apaixonado" (que ele reproduz em seu livro "As esquitices do óbvio"): "<span style="font-style: italic;">Oh, dopamina/Feniletilamina/Oxitocina</span>" (não, não como a musa inspiradora, mas por ter escrito um texto sobre o tema - lírica, amor e ciências - em cima do qual ele criou essa peça muito superior a minha: sim, sou invejoso, e esta indiscrição é o modo de me vingar por haver ele superado de maneira incomparável minha criação).<br /><br />Começou a escrever livros há pouco tempo, mas tem já uma bela produção intelectual:<br />- As esquisitices do óbvio (2005) - Ápex Editora;<br />- <a href="http://www.7letras.com.br/detalhe_livro/?id=514">Sombras do iluminismo (2006)</a> - Editora 7Letras;<br />- <a href="http://www.livropronto.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=181">A eloquência do ódio (2009)</a> - LivroPronto Editora: sua obra mais recente.<br /><br />Desbocado, provocador e - desgastada o quanto seja, outra palavra não se encaixaria a melhor perfeição - genial. Defensor das ciências e crítico das pseudociências, sem ser cientificista (aliás, o cientificismo é desnudado em praça pública em seu livro "Sombras do iluminismo"); crítico do fanatismo religioso, sem ser antirreligioso. Formado em Direito, nega ser o que é de fato: filósofo e pensador, preferindo ser identificado como ensaísta.<br /><br />Então tá, irei sortear um exemplar do livro "As esquisitices do óbvio" (sim, era óbvio, dado o título da postagem - mas provavelmente você só notou essa obviedade agora que eu disse que era óbvio -, viu como a obviedade é esquisita?). Mas não é assim, de graça, tem um pequeno esforço intelectual. No livro a ser sorteado, Bulcão cita em epígrafe do capítulo "Magia, misticismo e matemática" a seguinte frase: "<span style="font-style: italic;">Meu objetivo é simples, é o entendimento completo do universo: saber por que ele é como é e por que ele existe em absoluto</span>". Pois bem, para concorrer ao exemplar, basta postar nos comentários o nome do modesto autor da frase. O livro será sorteado entre os que acertarem (infelizmente, tenho apenas um exemplar - na verdade tenho dois, mas não irei me desfazer do outro, né?) - ele será enviado gratuitamente ao ganhador ou à ganhadora (para um endereço coberto pelos Correios do Brasil em primeiro porte nacional).<br /><br />É possível enviar tantos palpites quanto quiserem. Mas, para efeito de sorteio, só valerão os comentários com resposta correta enviados até o dia 30/out/2009 - 23h59min (horário de Brasília). (Parentes meus de até segundo grau, lamento, não valem.)<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Upideite(31/out/2009): </span>Confira o <a href="http://obsimp.blogspot.com/2009/10/resultado-do-sorteio-do-livro-as.html">ganhador</a>.Unknownnoreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-59246443800353334092009-10-01T12:28:00.000-07:002009-10-01T12:30:33.328-07:00Feira de Livros - IFUSP - 27 a 29 de outubro de 2009Feira de Livros no Instituto de Física da USP (Butantã, São Paulo, SP).<br /><br />Datas: 27 a 29 de outubro de 2009.<br />Horário: das 9h30 às 18h00.<br /><br />Livros de Ciências Exatas e Biológicas. Várias editoras.<br /><br />Desconto mínimo de 50% nos livros nacionais e de 30% nos importados.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-64827116320582040942009-07-12T23:05:00.000-07:002009-07-13T01:42:06.555-07:00A equação que ninguém conseguia resolver - Mario Livio<span style="font-weight: bold;">Título:</span> A equação que ninguém conseguia resolver: como um gênio da matemática descobriu a linguagem da simetria.<br /><span style="font-weight: bold;">Autor:</span> Mario Livio<br /><span style="font-weight: bold;">Ano: </span>2008<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> <a href="http://www.record.com.br/">Editora Record</a><br /><span style="font-weight: bold;">Páginas: </span>398<br /><span style="font-weight: bold;">Preço: </span>R$ 53,00 (a R$ 44,52 na Livraria da Travessa/Rio de Janeiro-RJ)<br /><span style="font-weight: bold;">Original:</span> "The equation that couldn't be solved", 2005, Simon & Schuster.<br /><span style="font-weight: bold;">Tradução: </span>Jesus de Paula Assis<br /><span style="font-weight: bold;">Revisão Técnica:</span> Michelle Dysman<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN: </span>978-85-01-07650-2<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN (original): </span>978-0743258203<br /><br /><a href="http://www.mariolivio.com/">Mario Livio</a> é físico e matemático pela Universidade Hebraica de Jerusalém, doutor em astrofísica pela Universidade de Tel Aviv e chefe da divisão científica da equipe do telescópio espacial Hubble.<br /><br />Suas duas áreas de formação confluem neste livro que procura demonstrar a origem e evolução da teoria de grupos - ramo da matemática que subjaz às questões da simetria - e sua aplicação em várias áreas: inclusive nos modelos fundamentais da física - como os diversos modelos da teoria das supercordas e da supersimetria.<br /><br />O autor dá uma pincelada sobre a propriedade dos grupos: fechamento (a combinação de dois elementos de um conjunto por uma dada operação deve resultar em elemento do próprio conjunto), associatividade (na combinação de três elementos os parênteses são dispensáveis), elemento neutro (há um elemento que, combinado com qualquer outro, deixa o membro inalterado) e inverso (para qualquer elemento do conjunto, existe outro elemento, membro do mesmo conjunto, que, combinado com este, produz o elemento neutro). Mas, até pela complexidade dos detalhes técnicos envolvidos, fica faltando exatamente as demonstrações fundamentais das teorias: como a inexistência de fórmula algébrica que solucione equações de grau igual ou maior do que 5. Isso pode causar um certo sentimento de frustração (ou ser um incentivo ao leigo interessado em buscar informações em livros especializados).<br /><br />Dois matemáticos recebem destaque com uma exposição mais detalhada de suas biografias: o norueguês Niels Henrik Abel (que dá nome ao prêmio Abel) (1802-1829) e o francês Évariste Galois (1811-1832) - com particular interesse declarado do autor pelo francês já no prefácio. Às figuras do matemático e do físico, junta-se a faceta do historiador: Livio revisita as circunstâncias da morte de Galois em duelo (que, como frisa o próprio autor, não tem importância direta para o tema do livro, mas complementa a biografia que ele se propõe a traçar do gênio precoce de trágico fim), incluindo elementos de sua pesquisa pessoal a documentos originais. Ilustram o livro figuras esquemáticas de conceitos físicos e matemáticos da simetria, imagens das personagens citadas e fotografias dos lugares representativos na vida de Galois. Há também reproduções dos frontispícios e páginas de obras citadas - como a dos <span style="font-style: italic;">Principia Mathematica</span> de Newton -, porém as imagens dos manuscritos como o de Galois são pequenas demais para se acompanhar os pormenores mencionados no texto.<br /><br />Abrangendo temas tão distantes quantos as artes plásticas e musicais e matemática e física, passando pela biologia e psicologia, Livio tem a oportunidade de desfilar tanto conhecimento erudito e científico, quanto trivialidades: suas citações vão de Huxley e Einstein a Bach e Escher, passando por Woody Allen, e Eric Segal e seu <span style="font-style: italic;">Love Story</span> (sim, aquele deu origem ao <a href="http://www.imdb.com/title/tt0066011/">filme</a> homônimo)... O resultado não é tão heterogêneo quanto seria de se esperar com tal abrangênica temática, mas a parte que destaca a biologia evolutiva e a psicologia destoa do restante - em particular os dois últimos capítulos, sendo o final, em que o autor procura resumir as teorias psicológicas da criatividade e da genialidade e encaixar Galois nesse quadro, o mais especulativo; ainda que não se negue a genialidade e a critividade de Galois - aliás, exatamente por ser algo que não se coloca em questão, fica estranha a tentativa de "provar" que o trágico matemático francês fosse "cientificamente" digno dessas qualificações. E um dos pontos mais criticáveis é justamente a escolha de uma "definição" de "método científico", vide a minha observação (e outras impertinentes) <a href="http://docs.google.com/Doc?id=dgtxwt5h_6gwp2s5gt">aqui</a>.<br /><br />A tradução de modo geral parece boa, embora para alguns termos talvez fosse preferível a escolha de outras expressões em português: como "psicologia evolutiva" no lugar de "psicologia da evolução", para se referir a uma abordagem sob o prisma evolutivo a respeito do psiquismo humano.<br /><br />O estilo é leve, porém a complexidade temática pode exigir uma leitura mais detida por parte dos leitores - sobretudo porque atravessa, como dito, muitas disciplinas. Seria interessante se houvesse um glossário ao final para que o leitor pudesse acompanhar o texto sem se perder em termos como "diatônica", "atonal", "fenótipo", "spin", "simetria de gauge"... boa parte são definidos quando usados pela primeira vez, mas como são retomados em pontos distantes do livro a menos que o leitor tenha feito uma nota ou tenha uma memória prodigiosa terá dificuldades de resgatar seus significados, até porque nem todos constam no índice remissivo.<br /><br />Tirante tais dificuldades, a leitura é recomendada, permitindo abrir os horizontes de conhecimento àqueles que conseguirem atravessar um texto por vezes bastante denso.<br />--------------------<br /><span style="font-weight: bold;">Outras resenhas:</span><br /><ul><li><a href="http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/01/09/e090118425.asp"></a><a href="http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/01/09/e090118425.asp">Matemático Mario Livio diz que o interesse pela simetria é natural</a></li><li><a href="http://www.maa.org/reviews/LivioEquation.html">The Equation that Couldn't Be Solved</a></li><li><a href="http://plus.maths.org/issue38/reviews/book1/">'The equation that couldn't be solved'</a><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Outras leituras:</span><br /><ul><li>Livio, Mario. 2006. Razão áurea. Record. 333 pp.</li><li>Maor, Eli. 2003. e: A história de um número. Record. 291 pp.<br /></li></ul>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-55152218493839614502009-06-17T13:59:00.000-07:002009-06-17T14:03:18.624-07:00Brasiliana DigitalParte do acervo doado pelo empresário e bibliófilo José Mindlin à USP, a coleção Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, está disponível para consulta online. 3.000 títulos foram digitalizados e podem ser baixados <a href="http://www.brasiliana.usp.br/bbd/">daqui</a>.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-2556875133428223882009-06-07T01:42:00.000-07:002009-07-12T23:45:31.932-07:00Uma breve história do infinito - Richard Morris<span style="font-weight: bold;">Título: </span><a href="http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=0521">Uma breve história do infinito: dos paradoxos de Zenão ao universo quântico</a>.<br /><span style="font-weight: bold;">Autor: </span>Richard Morris<br /><span style="font-weight: bold;">Ano: </span>1998<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> <a href="http://www.zahar.com.br/">Jorge Zahar Editor</a><br /><span style="font-weight: bold;">Páginas: </span>229<br /><span style="font-weight: bold;">Preço: </span>R$ 46,00 (a R$ 36,80 na Livraria Galileu/Rio de Janeiro-RJ)<br /><span style="font-weight: bold;">Original:</span> "<span style="font-style: italic;">Achilles in the quantum universe: the definitive history of infinity</span>", 1997, Henry Holt and Co.<br /><span style="font-weight: bold;">Tradução: </span>Maria Luiza X. de A. Borges<br /><span style="font-weight: bold;">Revisão Técnica:</span> Henrique Lins de Barros<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN: </span>978-85-7110-477-8<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN (original): </span>978-0-805-04779-0<br /><br />Richard Morris, morto em 2003, foi físico de formação, dedicando-se à divulgação científica em mais de duas dezenas de livros.<br /><br />Neste livro aborda o aparecimento e as consequências do conceito de infinito nas leis físicas e na descrição de aspectos do universo. Declaradamente não pretende abordar o tema sob a perspectiva matemática - ainda que surpreendentemente diga que como conceito matemático o infinito não tem "<span style="font-style: italic;">nenhuma aplicação nas ciências físicas</span>". Bastaria lembramo-nos da importância do cálculo diferencial, inventado entre outros por Newton justamente para resolver um problema físico: a descrição da gravitação.<br /><br />Aborda assim um grande número de áreas da física, da astronomia e cosmologia - procurando seguir uma ordem cronológica. Como não se trata de uma história linear - por exemplo, o universo é ora visto como de extensão infinita, ora de extensão finita ao longo das épocas -, o resultado final, embora não seja totalmente desconjuntado, carece de uma amarração fina.<br /><br />Além disso, em se tratando de um livro relativamente curto - pouco mais de 200 páginas - cobrindo cerca de 2000 anos de pensamento humano sobre a questão, falta também um maior detalhamento aqui e ali. Por outro lado, para o leitor leigo, aliando-se ao estilo fluido do autor, pontuado de alguma ironia (p.e. na página 21, em que, falando da acolhida tardia das idéias de Cantor sobre a infinitude: "<span style="font-style: italic;">Em 1926, o eminente matemático alemão David Hilbert resumiuo recém-surgido respeito por Cantor dizendo: 'Ninguém haverá de nos expulsar do paraíso que Cantor criou para nós'. Mas, é claro, quando isso foi dito fazia oito anos que Cantor estava morto.</span>"), resulta em uma leitura fácil e agradável.<br /><br />Agora, claro que, em se tratando de um livro escrito há mais de 10 anos, há alguns pontos desatualizados - é, afinal, a natureza das ciências a constante revisão e reformulação do conhecimento -, em especial de aspectos cosmológicos, como a geometria do universo, os testes realizados, a quantidade de massa e de energia. O que torna estranho o subtítulo original: "<span style="font-style: italic;">a história definitiva do infinito</span>", como se algo pudesse ser definitivo em ciências. (A lista de observações impertinentes a respeito de pequenas incorreções e as alterações ocorridas desde a publicação do livro está disponível <a href="http://docs.google.com/View?id=dgtxwt5h_5c7b5h8c4">aqui</a>.)<br /><br />Vale a pena ler hoje em dia? Desde que ciente das limitações, o leitor (ou a leitora) encontrará informações interessantes e pertinentes. Mas ter essa ciência significaria provavelmente que o leitor não encontraria muita novidade para ele.<br />--------------------<br /><span style="font-weight: bold;">Outra resenha:</span><br /><ul><li><a href="http://www.if.ufrgs.br/%7Ecas/infinito/infinito.html">Muita futilidade e pouca história</a> (apesar do título, o resenhista parece aprovar o livro de modo geral).</li></ul><span style="font-weight: bold;">Outras leituras:</span><br /><ul><li>Barrow, John D. 1995. A origem do universo. Rocco. 124 pp.</li><li>Greene, Brian. 1999. O universo elegante. Cia. das Letras. 476 pp.</li><li>Greene, Brian. 2004. O tecido do cosmo. Cia. das Letras, 652 pp.</li><li>Hawking, Stephen. 1988. Uma breve história do tempo. Rocco. 262 pp.</li><li>Hawking, Stephen. 1997. Uma breve história do tempo ilustrada. Ed. Albert Einstein. 230 pp.<br /></li><li>Hawking, Stephen. 2004. O universo em uma casca de noz. Arx. 215 pp. </li><li>Kaku, Michio. 1994. Hiperespaço. Rocco. 382 pp.</li><li>Mlodinow, Leonard. 2005. A janela de Euclides. 3a ed. Geração Editorial. 295 pp.</li><li>Singh, Simon. 2006. Big Bang. Record. 499 pp.</li><li>Smolin, Lee. 2000. Três caminhos para a gravidade quântica. Rocco. 239 pp.</li></ul>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-1076120200395051872009-04-21T00:26:00.000-07:002009-04-21T00:29:03.070-07:00Vale mais que um trocado.<a href="http://revistaescola.abril.uol.com.br/gestao-escolar/diretor/vale-mais-trocado-432764.shtml">Reportagem/crônica</a> de Rodrigo Ratier da revista Nova Escola.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-61089315897880991342009-03-12T22:39:00.000-07:002009-03-12T22:40:05.889-07:00De livros e sua falta de leituraColuna de <a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2009/02/090309_ivanlessa_tp.shtml">Ivan Lessa</a>.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-46926439595051241192008-11-12T12:58:00.000-08:002008-11-12T13:05:47.467-08:0010a Festa do Livro na USPAté sexta-feira (14/11/2008), no prédio da Geografia e História da USP (Câmpus Butantã, São Paulo, SP), tem a Festa do Livro, com descontos de 50% ou mais sobre o preço nas livrarias. São <a href="http://www.edusp.com.br/editoraIXfestadolivro.asp">115 editoras</a> participantes ao todo.<br /><br />Funciona das 9h às 21h.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-39150995239696526252008-10-30T08:28:00.001-07:002009-02-25T22:52:29.454-08:00A derrapada de um veteranoConfesso a minha total ignorância. Sou tão ignorante que até há pouco desconhecia a existência do jornalista catarinense Lemyr Martins. Desconhecia, então, sua importância no jornalismo esportivo e, em particular, na cobertura do automobilismo (não que eu considere automobilismo um esporte, mas enfim). De automobilismo apenas acompanho, como leigo, a F1 - já fui mais assíduo em ver as transmissões pela TV, na época de Piquet, o pai.<br /><br />Martins cobre a F1 desde 1970, seis anos depois de iniciar sua carreira no jornal gaúcho Zero Hora. É também um destacado fotojornalista, autor de fotos históricas de Pelé, Senna e outros. Atualmente trabalha para a revista <a href="http://quatrorodas.abril.com.br/grid/blogs/lemyr/">Quatro Rodas</a>.<br /><br />Recentemente lançou seu mais novo livro: "Histórias, Lendas, Mistérios e Loucuras da Fórmula 1". Foi até recomendado por <a href="http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2008-10-19_2008-10-25.html#2008_10-22_17_10_30-9991446-0">Juca Kfouri</a>, que, declaradamente, não havia lido, mas passara um cheque em branco dada a amizade e o respeito que tinha (deve ter ainda) por Martins.<br /><br />Só que, no livro, Martins publicou um diálogo entre Barrichello e a equipe Ferrari ao fim da prova do GP da Áustria de 2002, quando Barrichello liderava a corrida e teve que ceder o lugar para Schumacher. O diálogo fora totalmente inventado como uma <a href="http://www.blogdocapelli.com.br/2008/10/e-apenas-uma-piada-e-velha/">piada</a> e circulava desde então na internet. Até aí tudo bem, já que o livro era sobre lendas e loucuras. Porém, a história foi vendida como verdadeira. O jornal Lance! o reproduziu (colocou o salvador "suposto" antes, mas mesmo assim engoliu a história) em sua versão impressa e na <a href="http://msn.lancenet.com.br/esportes/AUTOMOBILISMO/noticias/08-10-23/413288.stm?confira-o-susposto-dialogo-com-barrichello">net</a>.<br /><br />Qualquer pessoa logo percebe que se trata de uma furada. Mas cacifado por um jornalista como Martins... Muita gente ainda falou com o jornalista, mas ele confirmava a autenticidade da história. Inicialmente disse que <a href="http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br/arch2008-10-19_2008-10-25.html#2008_10-24_15_57_00-11074102-0">recebera cópia da gravação</a> e que ele traduzira para o português, depois que <a href="http://www.blogdocapelli.com.br/2008/10/a-versao-de-lemyr-martins/">recebera a transcrição</a> de uma fonte na F1 em quem ele confia muito.<br /><br />O jornal Lance! <a href="http://www.blogdocapelli.com.br/2008/10/a-versao-do-lance/">tirou o corpo</a> fora. Barrichello disse que foi a <a href="http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Formula_1/0,,MUL839359-15011,00.html">coisa mais hilária</a> que leu nos últimos tempos. A editora Panda Books reconheceu o erro e irá <a href="https://pandabooks.websiteseguro.com/livros.php?id=278">retirar o livro</a> do mercado (uma atitude sensata). Juca Kfouri não comentou nada, apenas <a href="http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2008-10-26_2008-11-01.html#2008_10-29_20_02_15-9991446-0">registrou a nota</a> da editora.<br /><br />Ficaram apenas Lemyr Martins, com sua imagem arranhada, e a pergunta: como isso pode acontecer?<br /><br />Upideite: 03/nov/2008, "como isso pode acontecer?", aqui uma <a href="http://quatrorodas.abril.com.br/grid/blogs/marcio/124427_p.shtml">reposta</a>.<br />Upideite: 26/fev/2009, publicado no Observatório da Imprensa em <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=510FDS008">04/nov/2008</a>.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-84991677496983043682008-09-15T20:45:00.000-07:002008-10-01T23:09:17.192-07:00O Caderno de SaramagoO escritor português José Saramago, nobelista de Literatura em <a href="http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1998/saramago-autobio.html">1998</a>, recém-estreou seu <a href="http://caderno.josesaramago.org/">blogue</a>: O Caderno de Saramago.<br /><br />A blogocúndia acaba de ficar mais rica.<br /><br />O segundo post do cara:<br /><br /><a style="font-style: italic;" href="http://caderno.josesaramago.org/2008/09/page/11/">O Caderno de Saramago - Perdão para Darwin?</a><br /><span style="font-style: italic;">"[...]</span><br /><span style="font-style: italic;">Este pedido de perdão da Igreja Anglicana não vai agradar nada aos criacionistas norte-americanos. Fingirão indiferença, mas é evidente que se trata de uma contrariedade para os seus planos. Para aqueles republicanos que, como a sua candidata à vice-presidência, arvoram a bandeira dessa aberração pseudo-científica chamada criacionismo."</span><br /><br />Boas vindas ao grande mestre!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-20651276213007979952008-09-14T22:49:00.000-07:002008-09-15T20:58:30.035-07:00Livros dos candidatos à Prefeitura de São PauloO portal de notícias G1.com enviou um <a href="http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL758118-15693,00-CANDIDATOS+A+PREFEITO+DE+SP+REVELAM+PREFERENCIAS+PESSOAIS+AO+G.html">questionário sobre diversas trivialidades</a> aos candidatos à prefeitura paulistana, entre os 31 itens estava sobre o livro preferido. Segue abaixo a lista das respostas:<br /><br />11- <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=9908">Maluf</a>: <span style="font-style: italic;">não respondeu</span><br />13 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=1197">Marta</a>: biografias<br />21 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=8882">Edmilson Costa</a>: "O Capital", Karl Marx<br />23 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=12840">Soninha</a>: "Sagarana", Guimarães Rosa<br />25 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=608">Gilberto Kassab</a>: "Memórias Póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis<br />28 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=14627">Levy Fidelix</a>: "A Arte de Prudência", Baltasar Gracián<br />29 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=32021">Anaí Caproni</a>: "Ilusões Perdidas", Honoré de Balzac<br />33 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=11767">Renato Reichmann</a>: "Manual Mínimo do Ator", Dario Fo, e "Minhas Forças", Sarah Gunberg<br />36 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=6167">Ciro</a>: "1984", George Orwell<br />45 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=29830">Geraldo Alckmin</a>: "<span style="font-style: italic;">The Endless City</span>", Ricky Burdett & Deyan Sudjic<br />50 - <a href="http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato%21mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=71072&sqCandidato=4786">Ivan Valente</a>: <span style="font-style: italic;">não respondeu<br /><span style="font-style: italic;"><br /></span></span><span>Não foram muito originais (como, de modo geral, não foram para outros itens - salvo um ou outro momento, como a autogozação de Reichmann com seu sobrepeso).<br /><br />De todo modo, não encontro referências a esse tal de "Minhas Forças", nem à sua autora: Sarah Gunberg (ou variações: Gumberg, Grunberg, Grumberg...).</span><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><br /></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4826379537002401292.post-29730596003715738792008-08-29T20:13:00.000-07:002009-09-16T01:09:43.584-07:00A história de quando éramos peixes - Neil Shubin<span style="font-weight: bold;">Título:</span> <a href="http://www.campus.com.br/index.asp?pIntCodProduto=101336">A história de quando éramos peixes - uma revolucionária teoria sobre a origem do corpo humano</a>.<br /><span style="font-weight: bold;">Autor:</span> Neil Shubin<br /><span style="font-weight: bold;">Ano:</span> 2008<br /><span style="font-weight: bold;">Editora:</span> <a href="http://www.campus.com.br/">Campus/Elsevier</a><br /><span style="font-weight: bold;">Páginas:</span> 208<br /><span style="font-weight: bold;">Preço:</span> R$ 55,00 (na Submarino está por R$ 44,90)<br /><span style="font-weight: bold;">Original:</span> "<span style="font-style: italic;">Your inner fish - a journey into 3.5-billion-year history of the human body</span>", 2008, Pantheon Books.<br /><span style="font-weight: bold;">Tradução:</span> Regina Lyra<br /><span style="font-weight: bold;">Revisão Técnica:</span> Tatiana Ferreira Robaina<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN:</span> 978-85-352-2079-7<br /><span style="font-weight: bold;">ISBN (original):</span> 978-0-375-42447-2<br /><br /><a href="http://pondside.uchicago.edu/oba/faculty/shubin_n.html">Neil Shubin</a> é paleontólogo da Universidade de Chicago e líder do grupo que descreveu o fóssil de <a href="http://tiktaalik.uchicago.edu/"><span style="font-style: italic;">Tiktaalik roseae</span></a>, uma espécie de sarcopterígio (peixe com nadadeiras lobadas, grupo ao qual, tecnicamente, pertencemos também) que viveu há cerca de 375 milhões de anos em águas rasas tépidas de onde hoje é a ilha Ellesmere, ao norte do Canadá.<br /><br />O autor parte desse achado para falar sobre as alterações ocorridas na transição entre a morfologia de um peixe e a de um tetrápodo (sua especialidade). O título em português é sugestivo, mas a intenção do autor é mais explícita (e mais poética) no original em inglês: "<span style="font-style: italic;">Your inner fish</span>" ("Seu peixe interior"). É bom destacar o que Shubin assinala em meio às notas ao capítulo 1: "<span style="font-style: italic;">Eu poderia tê-lo chamado de '</span><span>Nosso Humano Interior</span><span style="font-style: italic;">', escrevendo-o a partir do ponto de vista de um peixe. A estrutura de tal livro seria curiosamente similar: um foco na história que humanos e peixes partilham em corpo, cérebro e células. Como vimos, todo ser vivo partilha uma profunda parte de sua história com outras espécies, enquanto uma outra parte da sua história lhe é exclusiva.</span>" Assim evitaremos qualquer acusação de antropocentrismo, ou de que sugira sermos o ápice de evolução.<br /><br />Embora discorra sobre as alterações nos planos corporais ocorridas nessa transição - e nas subseqüentes - da vida vertebrada na conquista do ambiente terrestre, a ênfase maior ao longo do argumento é sobre o quanto se *conservou* desse padrão original - no fundo somos basicamente uma variação do tema presente nos peixes e em outros organismos com planos corporais mais simples ou apenas diferentes dos nossos (como as águas-vivas e esponjas).<br /><br />Mesmo sendo paleontólogo, Shubin não se detém tanto em detalhes de descrição anatômica dos organismos - dá umas pinceladas sobre o essencial -, procura mais integrar esse conhecimento com as informações obtidas no campo da genética e da embriologia, bem ao gosto da chamada evo-devo (a Biologia Evolutiva do Desenvolvimento).<br /><br />A linguagem é bastante acessível - e, na verdade, as notas explicativas da versão brasileira é que me parecem mais complicar do que explicar (não que isso invalide o trabalho da revisão técnica, que certamente fez mais do que acrescentar algumas notas ao rodapé das páginas). Shubin usa de um estilo leve e bem-humorado - por vezes, em minha opinião, um tanto abusivo (como ao explicar o padrão de herança e da árvore genealógica das espécies por meio de uma família de palhaços que sofrem mutações sucessivas que são passadas às gerações subseqüentes: formando um padrão aninhado de subgrupos - pessoas com nariz de palhaço, pessoas com nariz de palhaço e pés compridos, pessoas com nariz de palhaço + pés compridos + cabelos encaracolados laranjas), mas que outros leitores poderão achar engraçado. Na maior parte das vezes, no entanto, (em minha opinião) acerta no tom (como na fotografia das vísceras de um tubarão em que identifica um lobo abaixo da massa maior do fígado simplesmente como "mais fígado").<br /><br />A tradução é boa o bastante para preservar essas tiradas mais sutis, embora cometa aqui e ali um pecadilho: a indecisão entre chamar a estrutura auditiva de "ouvido" ou de "orelha" faz com que no índice remissivo conste apenas "ouvido" e remeta a páginas em que a palavra não aparece como tal: estará "orelha"; às vezes, chama nadadeiras de "guelras"; e uma tradução equivocada de um termo (talvez "jellyfish" ou algo assim) leva a, na página 97, sugerir-se que peixes não tenham ânus. (A lista mais completa dessas observações sem nenhuma pertinência maior deixei disponível <a href="http://docs.google.com/View?docid=dgtxwt5h_2gqsfrcd2">aqui</a>.)<br /><br />No todo, a obra compensa, vale a pena ser lida, mesmo para os que são especialistas (a bibliografia é bastante atualizada, até pela dinâmica atual do campo abordado) e para os que não são especialistas a leitura é indolor (e ainda assim acresce-se bastante o conhecimento, contrariando o mote da Nike nos anos 90: "<span style="font-style: italic;">no pain, no gain</span>" - "sem dor, sem ganho").<br /><br />Como uma nota final, o subtítulo da versão brasileira: "uma revolucionária teoria sobre a origem do corpo humano" - pode ser visto de dois modos. Ela não é revolucionária, já que a teoria da evolução de Darwin/Wallace está para completar 150 anos ano que vem. Ela é mesmo revolucionária, ao termos em mente que cerca de um terço dos brasileiros acreditam no criacionismo (dados do <a href="http://www2.ibope.com.br/calandrakbx/filesmng.nsf/Opiniao%20Publica/Downloads/Opp992-criacionismo.pdf/$File/Opp992-criacionismo.pdf">Ibope, 2002</a>).<br />--------------------<br /><span style="font-weight: bold;">Upideite (16/set/2009):</span><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fZYtnfXW0wg&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/fZYtnfXW0wg&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/B9h1tR42QYA&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/B9h1tR42QYA&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />--------------------<br /><span style="font-weight: bold;">Outras resenhas:</span><br /><ul><li><a href="http://paleontografia.blogspot.com/2008/06/o-peixe-dentro-de-cada-um-de-ns.html">O peixe dentro de cada um de nós</a></li><li><a href="http://clareandoideias.zip.net/arch2008-03-09_2008-03-15.html#2008_03-14_12_21_40-5630984-0">Quando éramos peixes</a></li><li><a href="http://www.springerlink.com/content/68722696667845j4/fulltext.html">Your inner fish</a><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Outras leituras:</span><br /><ul><li>Carroll, Sean 2006. Infinitas formas de grande beleza - como a evolução forjou a grande quantidade de criaturas que habitam o nosso planeta. Jorge Zahar Editor. 303 pp.</li><li>Zimmer, Carl 1999. À beira d'água - macroevolução e transformação da vida. Jorge Zahar Editor. 335 pp.</li></ul>Unknownnoreply@blogger.com0